Nos últimos minutos do prazo para registro das coligações para as eleições de 2018 no Espírito Santo, uma surpresa: o PSD entrou no rol de partidos que compõem a chapa do ex-governador Renato Casagrande (PSB), esvaziando ainda mais a candidatura da senadora Rose de Freitas (Podemos) ao Governo do Estado.
A coligação proporcional para deputado federal ficou composta por PSDB, DEM, Solidariedade, PDT e PSD. Os líderes partidários acreditam na possiblidade de fazer a metade da bancada de dez deputados federais.
Cada partido tem um nome de peso para concorrer: César Colnago (PSDB), Normal Ayub (DEM), Dr Jorge Silva (SD), Sérgio Vidigal (PDT) e Neucimar Fraga (PSD). Atualmente, as bancadas desses partidos na Assembleia Legislativas são compostas por Marcos Mansur (PSDB), Theodorico Ferraço (DEM), Marcelo Santos (PDT), Enivaldo dos Anjos e Esmael Almeida (PSD), todos eles candidatos à reeleição.
Ainda não foi anunciado se os cinco partidos estarão juntos também na proporcional estadual ou se haverá uma divisão em duas pernas. O mercado político considera que a coligação é a mais forte das eleições proporcionais nas próximas eleições e que fará pelo menos quatro cadeiras na Câmara dos Deputado e poderá reconduzir os atuais cinco deputados aos seus mandatos.
Pode ser, porém, que um deles, Marcelo Santos, se reeleja e apenas contribua para a legenda, sendo em seguida indicado ao Tribunal de Contas do Espírito Santo. O PSD estava na chapa de Rose de Freitas até as vésperas do último prazo para a inscrição das coligações, mas o mercado político apontou a inabilidade do presidente do Podemos, Gilson Daniel, prefeito de Viana, como responsável pela saída do partido do grupo.
Diante disso, o quadro das coligações proporcionais está desenhado assim: Na chapa de Renato Casagrande – PSDB-PDT-DEM-SD-PSD (elege de 4 a 5 deputados federais); PPS-PP-PHS-Pros-PC do B (elege de 1 a 2 deputados federais); PSB-Avante-PV-PTC-PSC (faz 1 deputado).
Na chapa de Rose de Freitas – Podemos-MDB-REDE-PMN-Patriotas (1 a 2 vagas na Câmara); na chapa de Manato (PSL) – PRB-PR-PSL (1 a 2 deputados federais). O PT ficou isolado e não deverá obter legenda para reeleger seu deputado federal Helder Salomão, de Cariacica.
Nas eleições de 2014, o partido tinha também Givaldo Vieira, que migrou para o PCdoB e está na chapa de Renato Casagrande numa das fortes pernas proporcionais da legenda.
Renato Casagrande (PSB) apontou como candidata a vice-governadora a ex-vereadora de Cariacica, Jaqueline Morais (PSB), cujo marido, Adilton Avelina, é candidato a deputado estadual na chapa de Rose de Freitas, que indicou o médico Tanguy Gomes Fricco, também do Podemos e indicado pelo deputado estadual Dr Rafael Favato (Patriotas).
Essas duas chapas deverão polarizar as eleições estaduais, com as pesquisas apontando amplo favoritismo para a candidatura do ex-governador Renato Casagrande, que já liderava mesmo quando o governador Paulo Hartung era pré-candidato. Com a desistência de Hartung, o caminho ficou aberto para Casagrande.