Dois deputados e mais de 30 líderes empresariais e de municípios participam de evento da Petrocity. Enivaldo dos Anjos foi escolhido como interlocutor político com o grupo.
Mais de 40 lideranças do Estado de Minas Gerais, entre empresários, prefeitos, vereadores, secretários municipais e dois deputados (um federal e um estadual) participaram do evento em que a Petrocity assinou com o governador Renato Casagrande o memorando de intenções para construção do Complexo Portuário de São Mateus e a Petrocity assinou contratos com os parceiros que executarão as obras.

Depois da reunião técnica no salão Santiago, os deputados estadual Tito Torres (PSDB) e federal Eneas Reis (PSL) – que era o primeiro suplente mas vai assumir em lugar de Marcelo Álvaro, escolhido para Ministro do Turismo – encaminharam a “delegação mineira” para uma reunião de informação que durou quase duas horas, em um dos auditórios do Palácio Anchieta, com o presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva.
A opinião generalizada é de que a Estrada de Ferro Minas-Espírito Santo é fundamental para a recuperação econômica de Minas Gerais, inserindo o Estado nos benefícios que trará o Complexo Portuário de São Mateus. Havia representantes de vários municípios, dentre eles Sete Lagoas, Confins e Santa Maria de Itabira, que terão UTACs (Unidades de Transbordo e Armazagem de Cargas) na nova ferrovia – as outras duas UTACs serão em Governador Valadares e Barra de São Francisco (ES).

José Roberto estava assessorado pela engenheira Ana Flávia Azeredo, especialista em ferrovias, e combinou com as lideranças do grupo que promoverá um seminário em Minas Gerais para passar informações sobre a ferrovia, cujo projeto “começará a ser refinado”. Também será marcada uma audiência com o governador Romeu Zema (Novo) para tratar do tema. O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) será o interlocutor político com a bancada mineira.
LICENÇA AMBIENTAL
Retomando um tema caro ao setor produtivo capixaba nos últimos anos, o deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) anunciou que terá uma audiência com o governador Renato Casagrande (PSB) nos próximos dias para cobrar celeridade do IEMA – Instituto Estadual de Meio Ambiente na apreciação dos processos de licenciamento ambiental de empresas com projetos novos de instalação e mesmo de ampliação de atividades no Espírito Santo.
O anúncio foi feito durante a participação do parlamentar na solenidade realizada no Palácio Anchieta, na tarde de quinta-feira (17), quando Enivaldo dos Anjos assinou como testemunha no memorando de entendimento entre o Governo do Estado e a Petrocity para instalação do Complexo Portuário de São Mateus.
“A lentidão de um setor público não pode entravar o desenvolvimento do Estado. Projetos econômicos de geração de emprego e renda, e de receita para a própria Fazenda Estadual, estão ficando travados na burocracia. Esse foi o tema mais debatido por nós na Comissão Especial de Rochas na Assembleia nesses quatro anos e apareceu também na CPI da Sonegação, tanto que em nosso relatório aventamos a possibilidade de uma comissão inquérito para apurar o que existe por trás dessa lentidão”, disse Enivaldo.
PORTO
Enivaldo acrescentou que não gostaria de ver o projeto do Complexo Portuário de São Mateus e da Estrada de Ferro Minas-Espírito Santo, que é fará a ligação do porto com Sete Lagoas, em Minas Gerais, entravado no IEMA.

Na solenidade no Anchieta, além do memorando de entendimento entre o Governo e a Petrocity, foram assinados os contratos entre a Petrocity e as empresas parceiras na construção do porto – entre elas, a Odebrecht, que foi representada pelo seu diretor de Infraestrutura no Brasil, José Eduardo de Sousa Quintela, e vai ficar responsável pela maior parte das obras, numa contratação de R$ 2,1 bilhões.
José Roberto Barbosa da Silva, presidente da Petrocity, fez uma exposição da nova formatação do projeto do complexo portuário e relatou que o único detalhe que falta para o início das obras é a licença ambiental. No evento, um representante do Abu Dabi Founder Development leu uma carta em que o fundo, dos Emirados Árabes, se compromete a investir os recursos necessários ao investimento. O Fundo responderá por 85% do custo da obra do porto.
“São 800 milhões de dólares (aproximadamente, R$ 2,9 bilhões) de investimento do Fundo de Abu Dabi. Temos uma reserva técnica de 40% das ações do empreendimento para lançar no futuro no mercado”, disse o presidente da Petrocity, José Roberto.