O fim do contrato do poder público com as cooperativas de saúde foi um dos temas discutidos durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 3 de fevereiro. O contrato venceu no domingo, 31 de janeiro e os médicos ameaçam paralisar os atendimentos à população.
Segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/ES), as cooperativas médicas contratadas pelo Governo respondem por mais de 70% dos atendimentos de urgência e emergência no Estado.
O tema foi levantado durante a sessão pelo deputado Enivaldo dos Anjos (PSD). “Estamos vivendo uma crise com as cooperativas. Há suspeita de que a secretaria (de Estado da Saúde) não está atendendo as cooperativas e preferindo contratar OS (organizações sociais), muito mais caras”, disse o parlamentar.
Sobre o aumento do custo, o deputado exemplificou: “A OS que comanda o Hospital Jayme dos Santos Neves gasta 40% dos recursos da saúde do Estado”, disse.
Atendimentos
“Como o diretor do Hospital de São Mateus ganha R$ 5 mil por mês e o do Jayme ganha R$ 30 mil?”, questionou Enivaldo dos Anjos. “Temos um sistema de atendimento que serve ao Espírito Santo há 20 anos. As cooperativas serviram ao governo Paulo Hartung nos oito anos que ele foi governador. E agora o secretário de Saúde diz que não serve mais.
O desembargador deu a solução de renovar os contratos por até seis meses e de uma hora para a outra diminuiu para três meses. Se esses atendimentos forem suspensos, quem vai atender a população?”, indagou Enivaldo dos Anjos.