O prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos, juntamente com o secretário Municipal de Saúde Elcimar de Souza Alves, estiveram na manhã desta sexta-feira (10), vistoriando o local destinado para montar a clínica para atendimento para transtorno do espectro autista (TEA). De acordo com o prefeito, a equipe que vai trabalhar na clínica deve ser montada até o início de março, e o seu funcionamento está previsto para o inicio abril.
O secretário e o prefeito foram recepcionados pela coordenadora geral de atendimento especializado as pessoas com transtornos do aspecto autista, Jamily Justino. O Terapeuta Ocupacional Leone Mendonça, que é natural de Barra de São Francisco, esteve presente e trocou ideia com o prefeito Enivaldo dos Anjos e o secretário Elcimar sobre como funcionará a clínica. Leone é terapeuta ocupacional, especialista em saúde coletiva, mestrado em ciências da reabilitação.
Ele é um jovem capacitado e com profundo conhecimento da área e está animado para começar a prestar serviços na clínica. O local do imóvel onde funcionará a clínica, tem cerca de 1.300 metros quadrados, no bairro Bambé, e o funcionamento está previsto para o início de março, mas toda a instrutora está sendo montada, como, por exemplo os moveis e equipamentos.
De acordo com informações do secretário Municipal de Saúde, Elcimar de Souza Alves, a parte administrativa deve abrir nos próximos dias. Esta é uma demanda em que o prefeito Enivaldo dos Anjos está montando em Barra de São Francisco, para oferecer condições e igualde aos autistas para que eles tenham acesso aos tratamentos médicos de qualidade.
“O nosso objetivo, é buscar identificar as pessoas portadoras de autismo e criar uma forma especial de atendê-las da melhor forma possível”, disse o prefeito. A área é ampla com três casas e toda arborizada, um local tranquilo, calmo e que trará paz e tranquilidade a todos.
As casas e toda área passa por reformas e limpeza geral. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância.
São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico,Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação,Transtorno Desingrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.
Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.
As causas do TEA não são totalmente conhecidas, e a pesquisa científica sempre concentrou esforços no estudo da predisposição genética, analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais para filhos. No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA.
Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse, infecções, exposição a substâncias tóxicas, complicações durante a gravidez e desequilíbrios metabólicos teriam o mesmo peso na possibilidade de aparecimento do distúrbio.