O projeto de Plano Municipal de Educação de autoria do Poder Executivo foi aprovado pela Câmara em seu texto original, mas, após a aprovação gerou-se uma polêmica muito grande no tocante a suposta ideologia de gênero contida no Plano. Membros da secretaria municipal de educação afirmaram que o projeto não continha esse dispositivo, mas, em função do pronunciamento de vereador ligado a base do prefeito na Câmara a população, principalmente os segmentos religiosos ficaram desconfiados, ao ponto, que o prefeito encaminhou para apreciação um projeto visando dirimir quaisquer dúvidas.
Mas porque essa polêmica aconteceu? Simples. Pela falta de discussão do projeto com a sociedade. Se a prefeitura tivesse uma gestão democrática teria convidado os diversos segmentos sociais para debater o assunto antes que o projeto fosse encaminhado à Câmara.
Não adianta ouvir somente os técnicos e profissionais do ensino num projeto de tamanha importância, a população deveria ser chamada ao debate. Com a participação popular as críticas sofridas pelo executivo e pelo legislativo teriam sido evitadas.
Vale lembrar que nem mesmo os projetos orçamentários a prefeitura discute com a sociedade, infringindo o estatuto das cidades que determina essa discussão popular. As discussões orçamentárias feitas na atual gestão tem sido organizadas pela Câmara, essa sim, ouvindo os diversos segmentos.
Que as críticas sofridas pela Lei do Plano de Educação sirva de lição ao chefe do Poder Executivo. O Poder é do Povo e as autoridades que estão ocupando cargos eletivos estão a serviço do povo. O povo é o detentor do Poder. Parabéns aos pastores e padres que se mobilizaram para corrigir distorções na Lei Municipal.