Viúva é presa no velório acusada de mandar matar o marido em Colatina

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Elizete Lemoa
Elizete Lemoa

Uma mulher foi presa ontem durante o velório do próprio marido suspeita de planejar a morte dele, junto com outros três comparsas em Colatina no noroeste do Espírito Santo. A comerciante Elizete Francisca Miller, 52 anos é acusada pela polícia de mandar matar o marido Paulo Nascimento Rabelo, 50 anos dentro do barzinho anexo a residência do casal no Bairro São Miguel, um conjunto de casas populares com mais de 3,5 mil moradores.

“Não planejei nada e nem mandei matar ele”, contou Elizete Miller, a Loura ao negar o crime no seu depoimento ao delegado Fabrício Bragatto, da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Colatina.

Segundo informações do delegado Fabrício a morte de Paulo Rabelo teria sido encomendada por R$ 5 mil a vista motivada por agressões que Elizete teria sofrido dentro de casa. O crime aconteceu por volta das 18h 45 da última segunda-feira, 28 no ‘Bar da Loura”, no Bairro São Miguel.

A vítima levou três tiros de revólver calibre 38 disparados a curta distância, dois no peito e um na barriga, segundo a perícia da Polícia Civil. Também foram presos acusados de participação no crime, o pedreiro Noelson Nascimento Souza, 45 anos, o braçal Victor Jesus Batista, 22 anos e o motorista Wagner Cardoso dos Santos, 20 anos. Os quatro estão presos em Colatina.

“Elizete nega o crime. O pedreiro Noelson confessou que recebeu R$ 5 mil para matar o marido dela. Ele decidiu ratear o dinheiro e contratar Victor por R$ 3,5 mil para puxar o gatilho. Por sua vez Victor pagou R$ 1 mil a Wagner para ajudar na fuga. Todos foram presos quando Noelson ao ser detido ofereceu detalhes do crime”, relatou o delegado.

Segundo a polícia, Victor chegou ao Bar da Loura. No balcão pediu um refrigerante a Paulo Rabelo e quando ia servir a garrafa foi assassinado. Uma testemunha que estava no bar disse que Victor chegou de ‘cara limpa’ e saiu tranquilo do local.

Já o motorista Wagner foi preso ontem em casa. O Gol branco dele placas MQW-7350 possivelmente usado na fuga foi apreendido. A arma do crime não foi encontrada, mas na casa de Victor foi achado um revólver calibre 32. O sigilo bancário de Loura foi quebrado. Os extratos de conta indicam que ela sacou R$ 2.000,00 na sexta-feira, 25 e R$ 3.000,00 na segunda, 28.

Por: Nilo Tardin

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